Continuidade
Numa primeira abordagem ao exercício escolhemos a nossa amostra com base na observação de uma mancha no território. Partimos então para a análise da amostra e concluímos tratar-se de um aglomerado de vários loteamentos / parcelas agrícolas que, pela sua continuidade conformam um desenho que nos suscitou interesse tanto pela sua regularidade como pela sua linearidade. Para iniciar o estudo, o primeiro objectivo foi definir a mancha e perceber os seus limites tal como os elementos que a interrompem. Recorrendo a analise dos diferente extratos verificamos que os aglomerados agrícolas são conformados por diversos elementos, edificado, estrutura viária, arborização, elementos naturais (rio) e a própria topografia. Analisando a topografia do terreno, percebemos que o edificado se situa a uma cota mais alta, tal como a estrutura viária por questões de acessibilidade. Já os campos agrícolas situam-se a uma cota mais baixa por razões de proximidade de cursos de água. Como a prática da agricultura necessita de água e dada a proximidade do Rio Ave, analisamos a hidrografia da amostra e decidimos que a estrutura linear teria como base os elementos hidrográficos (rio, cursos de água, regadios). Primeiramente estudamos os regadios e verificamos que a maior parte deles circunscreve cada parcela ou um grupo de parcelas. Estes por razões lógicas estão normalmente associados a uma fonte de água natural, neste caso o Rio Ave e dois afluentes. Sabendo agora o que suporta a continuidade agrícola, faltou-nos agora definir especificamente a estrutura linear. Procurando manter a continuidade da própria mancha criada pelos campos agrícolas, a estrutura é constituída por um curso de água (1), por uma série de regadios (2), pelo rio (3), e novamente por outro curso de água (4) (ver imagem).