Contextualiza o do excerto na obra
Neste excerto dá-se o importante episódio do “ Sarau no Teatro da Trindade “. Aqui o enredo atinge um ponto culminante, quando surge, à maneira da tragédia clássica, uma situação que contribui para a mudança súbita dos acontecimentos. O senhor Guimarães, tio de Dâmaso que vive em Paris, torna-se o instrumento da fatalidade que se abate sobre Carlos e Maria Eduarda, quando entrega a Ega o cofre que Maria Monforte lhe confiara em Paris, onde se encontram documentos com a revelação de que Carlos e Eduarda são irmãos.
Importância do episódio para a progressão na ação
Importância do episódio para a progressão da ação é associado ao Sarau no Teatro da Trindade onde começa a tragédia. Eça quis provocar um grande impacto, contrastando a festa com a desgraça.
João de Ega descobre, inesperadamente, que Carlos e Maria Eduarda são irmãos, através do tio de Dâmaso, Guimarães, que, sem má intenção, revelou o segredo que queria desenterrar à muito. É assim que Carlos e Maria Eduarda, pensando que nada os poderia separar, acabam mesmo separados. Carlos, apesar de conhecer a verdade, ainda comete o erro de continuar com Maria Eduarda de forma consciente, fazendo o seu avô morrer de desgosto. Sentindo-se culpado e arrependido, separa-se de Maria Eduarda e decide viajar para o estrangeiro com Ega.
Personagens intervenientes: as individuais e respectiva caracterização; os tipos sociais e a sua representatividade crítica;
A primeira personagem interveniente no excerto é Rufino, um orador tido como sublime, a sua retórica vazia, quase barroca, traduz a sensibilidade literária da época.
Cruges era um maestro e pianista patético, era amigo de Carlos e íntimo do Ramalhete. Era demasiado chegado à sua velha mãe. Segundo Eça, "um diabo adoidado, maestro, pianista com uma pontinha de génio". É desmotivado devido ao meio lisboeta.
Alencar era um poeta que declamou “A Democracia”, aliando poesia e política, numa encenação exuberante e sentimentalista,