Contexto e características da profissionalização do serviço social.
Com a intensificação do capitalismo no Brasil a partir de década de 30 e da segunda guerra mundial, quando há um aumento do emprego urbano, um declínio no salário do trabalhador e uma piora nas condições de vida, foram necessários mecanismos de disciplinamento e controle da classe trabalhadora. O Estado reconhece a questão social e assume a função de zelar pelo disciplinamento e de garantir a reprodução da força de trabalho fazendo com que as instituições tenham um papel fundamental para a manutenção da classe dominante. A instituição responderá às reivindicações do proletariado em forma de benefícios indiretos à partir de uma estrutura direta ou indiretamente controlada pelo Estado, e acabam demonstrando as “preocupações” com a situação do trabalhador por parte do Estado e empresariado. Com o surgimento das grandes entidades assistenciais, ocorre também a legitimação e institucionalização do Serviço Social. Assim, a profissão de assistente social conseguiu se consolidar e romper o estreito quadro de sua origem no bloco católico e ganhar um mercado oferecido por essas entidades que estavam surgindo. Grandes instituições assistenciais como: CAP'S,NAC, SESI, LBA E SESC, irão absorver, de forma contínua, os novos trabalhadores especializados no trato com as populações carentes e marginalizadas, num momento em que o Serviço Social como profissão legitimada dentro da divisão social do trabalho, entende o assistente social como o profissional que domina um corpo de conhecimentos, métodos e técnicas; é um projeto ainda em estado embrionário, é uma atividade profundamente marcada e ligada à sua origem católica e a determinadas frações de classes, as quais ainda monopolizam seu ensino e prática. Nesse sentido o processo de institucionalização será também o processo de