Contexto Histórico do Romantismo
Das classes sociais desse período, a nobreza e a pequena burguesia são as classes que vão atuar essencialmente no movimento romântico. Assim, o romantismo expressa, nas palavras de Karl Mannheim, os sentimentos dos descontentes com a nova ordem socioeconômica, isto é, com o capitalismo industrial.
Recém-afastada do poder pelas revoluções, a nobreza só podia amargar uma nostalgia do Antigo regime. Ao contrário, a pequena burguesia expressava espanto e insegurança, vendo barrados pela grande burguesia, pelos verdadeiros capitalistas, seus projetos de ascensão social, desenvolvidos durante a luta contra a nobreza.
Insatisfeitos e inconformados
Em comum, essas duas classes sociais têm a insatisfação e o inconformismo com a realidade, o que permite compreender muitos traços subjacentes ao movimento romântico. É o caso do escapismo ou evasionismo, a necessidade de escapar ao mundo objetivo, à sociedade, ao tempo presente, em busca de refúgio no mundo subjetivo, no indivíduo, no tempo passado.
A visão de mundo que privilegia o sujeito ou o subjetivismo, elemento essencial ao pensamento romântico, é uma manifestação de amor à liberdade do próprio romantismo, na medida em que constitui uma afirmação dos valores individuais em oposição às normas sociais. É também uma forma de oposição aos valores neoclássicos dos séculos anteriores, cujo racionalismo artístico passou a ser desprezado em favor de um emocionalismo e de um misticismo (este último, por sua vez, ostenta a religião cristã em oposição à mitolologia clássica, que tinha sido revalorizada durante século 18).
Nacionalismo e