Contexto da educação física escolar
1. Abrindo o cenário: algumas questões da Educação Física na escola ao longo do século XX
Os objetivos e as propostas educacionais da Educação Física foram se modificando ao longo deste último século, e todas as tendências, de algum modo, ainda hoje influenciaram a formação profissional e as práticas pedagógicas dos professores de Educação Física.
Observando toda a história como deu-se a inclusão da Educação Física relata-se que oficialmente no Século XIX, em 1851, no Brasil, com a reforma de Couto Ferraz, embora a preocupação com a inclusão de exercícios físicos, na Europa, remonte ao século XVIII. Após a reforma do primário e do secundário, a ginástica passou a ser uma disciplina obrigatória no primário e a dança no secundário. Em Reforma realizada, a seguir, por Rui Barbosa, em 1882, houve uma recomendação para que a ginástica fosse obrigatória para ambos os sexos e que fosse oferecida nas Escolas Normais. No entanto, a implantação ocorreu apenas em parte do país, Rio de Janeiro (capital da República – naquela época) e nas escolas militares. Somente em 1920 que vários estados começam a realizar suas reformas educacionais e incluem a Educação Física, com o nome mais frequente de ginástica (Betti,1991).
Em 1930, a idéia dominante na Educação Física estava baseada em perspectiva higienista. A preocupação central é com os hábitos de higiene e saúde, valorizando o desenvolvimento do físico e da moral, a partir do exercício. Ainda nesse século, em função de sistematizar a ginástica na escola, surgem métodos ginásticos.
Métodos ginásticos procuravam capacitar os indivíduos no sentido de contribuir com a industria nascente e com a prosperidade da nação, devido ao modelo militarista, que buscavam indivíduos capaz de lutar, atuar em combate ou guerra, e por isso procuravam os “perfeitos” fisicamente, excluindo os incapacitados, contribuindo para a maximização da força e do poderio da população (Coletivo de Autores,