Psicologia de aprendizage
"Perturbação da aprendizagem" é o termo mais usado para qualificar o que era vulgarmente designado por atraso mental, atraso de desenvolvimento ou deficiência intelectual. Esta perturbação afecta cerca de 2% da população. Apesar de o grau da deficiência ser diferente para as diversas capacidades do indivíduo, é normal que exista uma insuficiência na maior parte das capacidades intelectuais. A deficiência mental subdivide-se normalmente (de forma algo arbitrária) em ligeira ou moderada (QI de 50-70), grave (QI de 20-50) e profunda (QI abaixo de 20).
Causas
As causas variam de acordo com as três categorias.
Em caso de défice de aprendizagem ligeiro, é normal haver uma história de carências sociais e económicas, bem como de cuidados parentais reduzidos ou inexistentes. A família pode ser numerosa e o espaço familiar exíguo. Por sua vez, o ambiente durante as primeiras fases do crescimento pode ter sido pouco estimulante e o desenvolvimento da linguagem não encorajado. O nível de inteligência dos pais, mesmo que acima do limiar da insuficiência, é em muitos casos inferior ao normal.
Entre as causas médicas específicas contam-se as anomalias cromossómicas (como as síndromes de Down c do X frágil) e as lesões sofridas à nascença. E com frequência associado a problemas como epilepsia, insuficiências auditiva e visual e autismo. A subnutrição, quer da mãe durante a gravidez quer do bebé, pode também resultar numa perturbação da aprendizagem moderada, tal como o contacto com toxinas, como o álcool e, eventualmente, o chumbo disperso pelo meio ambiente.
A maior parte das crianças com deficiências moderadas a profundas (QI de menos de 50) apresentam alterações na morfologia cerebral, mas tal não significa que os factores sociais sejam irrelevantes. As deficiências cromossómicas são responsáveis por cerca de 40% dos défices de aprendizagem neste grupo: daquelas, a síndrome de Down é a mais frequente, seguida da síndrome do X frágil, anomalias dos