Contação de história
Tradição oral
Antes da invenção da escrita, o ato de contar histórias era o jeito mais importante de passar uma informação adiante. Tudo o que uma cultura necessitava preservar — suas crenças, sua história e suas tradições — tinha de ser contado oralmente. Cada geração deveria contar as histórias de sua cultura para a geração seguinte. Era assim que as histórias eram passadas adiante. O conhecimento transmitido desse modo, de uma pessoa para outra, é chamado de tradição oral. Mesmo as culturas que usam a escrita usam a tradição oral para passar certa informação.
Em algumas culturas, todos podiam passar as histórias adiante. Em outras culturas, somente os contadores de história especiais tinham essa tarefa tão importante. Os melhores contadores de histórias tinham que ter ótima memória. Eles arranjavam maneiras de contar suas narrativas de um jeito bem interessante. Isso ajudava a reforçar a ideia de que as pessoas deveriam ouvir suas histórias e lembrar-se delas. Alguns contadores cantam suas histórias ou as narram em forma de poesia. Melodia, ritmo e rimas podem tornar as histórias bem mais fáceis de ser relembradas.
Na literatura de cordel, que se desenvolveu muito no Nordeste brasileiro e ainda hoje é feita, as histórias nascem como poemas cantados. O cordelista, ou cantador de histórias, vai inventando seus versos e cantando, de forma rimada e cadenciada, e só depois as histórias são impressas e os livretos pendurados num cordão, para vender. Daí seu nome,