Contaminação do solo por pesticidas
INTRODUÇÃO
O solo é um recurso natural vital para o funcionamento do ecossistema terrestre e dos ciclos naturais. É palco de reações complexas que lhe impõe uma vasta dinâmica física, química e biológica, tanto dos seus constituintes minerais e orgânicos, quanto dos elementos que lhe são adicionados constantemente. Apresenta inúmeras funções - uma delas é atuar como um filtro, graças a sua capacidade de depurar grande parte das impurezas nele depositadas. Ele age também como um “tampão ambiental”, diminuindo ou degradando substâncias prejudiciais ao meio ambiente. Essa capacidade de filtração e tamponamento, no entanto, é limitada, podendo ocorrer alteração da qualidade do solo em virtude do efeito acumulativo da deposição de poluentes atmosféricos, da aplicação de pesticidas e fertilizantes e da disposição de resíduos sólidos industriais, urbanos, materiais tóxicos e radioativos.
Nesse trabalho falaremos sobre a contaminação do solo por pesticidas.
Contaminação do solo é a atividade de introdução de organismos xenobióticos (forma de vida estranha àquele ambiente) por meio químico, pela mão do homem, podendo ser também uma alteração do solo por ambiente em si, naturalmente; sendo que esse elemento esteja em concentrações maiores que as naturais, podendo chegar a níveis que afetem os componentes bióticos do ecossistema, comprometendo sua funcionalidade e sustentabilidade.
Os pesticidas são substâncias químicas usadas para controlar algumas formas de vida consideradas indesejáveis (pragas). Portanto, podemos considerar os pesticidas como xenobióticos químicos.
Devido ao grande número de compostos químicos empregados como pesticidas, se faz necessário classificá-los. Um dos critérios de classificação é quanto ao tipo da estrutura química, podendo citar os organoclorados, organofosforados, carbamatos, piretrinas, triazinas, sulfoniluréias, benzimidazóis, ditiocarbamatos, derivados de glicina e fenoxiacéticos. Outro critério de classificação se refere ao tipo