Contador

Ponto 1

Começamos com uma definição de Direito Fundamental que sustenta que o bem comum está acima do direito individual – isto fica claro no momento em que a sorte é lançada impondo restrição da vida de um membro do grupo em detrimento de outras 4 vidas. Se hipoteticamente considerássemos os cinco sujeitos como representante de toda humanidade, toda humanidade seria extinta, caso uma parte dela não deliberar pelo sacrifício.

Ponto 2

Não podemos deixar de levar em consideração a situação que os circundavam. Estava confirmado pela comissão médica que após o vigésimo dia de restrição alimentar o grupo não resistiria e perderia a vida, caso não se alimentasse da carne humana. Apesar de estimado em quarenta e cinco dias o prazo de sobrevivência de uma pessoa sem alimentação, a comissão médica respondeu aos mineiros soterrados que eles não teriam vida nem por dez dias, tendo em vista que não tinham provisão de água e diante do contexto vivido. Diante disso, foi necessário pensar em um acordo para manutenção da vida. Sendo assim, não seria possível exigir dos réus uma espera maior, levando em conta que essa foi a informação entregue a eles. Ademais, segundo os especialistas, supondo que os exploradores fossem homens em boa forma com funcionamento normal de todos os órgãos e em condições normais, a sobrevivência seria por cerca de três a cinco dias sem água.

Ponto 3

Os questionamentos para uma futura ação eram pertinentes, enquanto havia uma comunicação com mundo exterior o grupo sentia-se confortável com as escolhas e de certa forma amparado pela legislação atual; porém, ao questionar ao mundo exterior se era legítimo tirar a sorte para decisão de qual membro iria ser sacrificado, o mundo exterior se absteve de deliberar. Assim, foram eles abandonados pelo Estado e, por meio de acordo mútuo, criaram indiretamente uma nova ordem estatal, um novo contrato social. Consequentemente, diante desse abandono, não podem ser condenados.

Esse contrato verbal é