Contabilidade no terceiro setor
Diferente das organizações do setor público, as do terceiro setor, não estão sujeitas a controle político direto, tendo independência para determinar seu próprio futuro. Não distribuem lucros a seus proprietários e qualquer bem adquirido é visto como um meio para alcançar ações que permitirão a realização de seus objetivos, que visam melhorias nas condições da população alvo. “Essas instituições são agentes de mudanças humanas. Portanto seus resultados sempre são mudanças em pessoas – de comportamento, condições, visão, saúde, esperanças e, acima de tudo, de sua competência e sua capacidade”. (Drucker, 1990 – p. 82)
Uma gestão estratégica tem três componentes essenciais, no entender de Mike Hudson: a missão, finalidade fundamental da instituição; os objetivos, que são as definições daquilo que a instituição pretende conseguir num determinado espaço de tempo; e as estratégias, constituída pela descrição de como os recursos humanos e financeiros serão aplicados de forma a alcançar os objetivos propostos. E nas instituições do terceiro setor a estratégia não muda, mesmo com escassez de recursos financeiros ou humanos cabe ao gestor formular caminhos para alcançar os objetivos.
Hudson (1999) cita que até a década de 70 a administração não era uma palavra muito usada pelas pessoas para referirem-se a organizações do terceiro setor, pois era algo que pertencia muito ao mundo dos negócios e não parecia ser apropriada para organizações orientadas por valores. Todavia esse pensamento