Nacionalismo literário em "memórias de Um sargento de Milícias"

621 palavras 3 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA

Costumes X Natureza, qual a posição de memória do "Sargento de Milicias" quando se pensa em termos do nacionalismo literário?

A obra “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, conta a história de Leonardo Pataca, um malandro que acaba se transformando num Sargento de Milícias no tempo de D. João VI.
Ao levarmos em consideração a dicotomia Costumes x Natureza, presente nas produções literárias da época, pode dizer que a obra assume um nacionalismo literário pautado nos Costumes do Brasil. Esse nacionalismo de Costumes pode ser encontrado durante toda a obra, e de fato é uma das mais características marcantes que ela apresenta.
Em “Memórias de um Sargento de Milícias”, Manuel Antônio de Almeida consegue retratar traços específicos da sociedade brasileira do tempo do rei D. João VI, com seus costumes, os comportamentos e os tipos sociais da classe média da época. Aspecto que é reforçado nas palavras do crítico José de Nicola:
“Memórias de um Sargento de Milícias” é uma obra inovadora para a sua época [...] e, pode ser considerada como o verdadeiro romance de costumes do Romantismo brasileiro, pois abandona a visão da burguesia urbana para retratar o povo em toda a sua simplicidade. (JOSÉ DE NICOLA, 1987, p. 78-79).”
E ainda por Veríssimo:
“O que a meu ver, sobretudo o destaca é a sua feição tão profundamente brasileira, o seu nacionalismo não artificialmente procurado, nem intencionalmente estudado, mas natural, fácil, ingênuo. (VERISSÍMO, 1978, p. 302) “Memórias de um Sargento de Milícias” é uma obra que pode ser vista como uma representação da sociedade carioca da época em que se passa a história, detalhando seus costumes e hábitos. Além disso, seu caráter de obra literária de costumes é reforçado pela figura do herói criado por Almeida: Leonardo. Ele é a representação do verdadeiro brasileiro, um malandro, que nunca quer fazer mal a ninguém, mas que

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