Consumo Colaborativo
A nova tendência mundial para que a sociedade passe a consumir de maneira mais responsável e consciente é o consumo colaborativo. O conceito nasceu nos Estados Unidos nos anos 2000 e ganhou força após a crise mundial de 2008, quando os americanos começaram a perceber que o seu ritmo de consumo era muito acelerado e os movimentos que repensavam essa maneira de consumir ganharam espaço e se multiplicaram.
Esta prática prega que os produtos sejam usados por mais pessoas, aumentando sua vida útil e evitando o uso de novas matérias-primas. O movimento surgiu como uma contraproposta ao modelo de consumo que marcou a sociedade norte-americana nos anos 80 e que foi copiado por todo o mundo, onde os mais respeitados eram os que compravam mais.
“A prática do consumo colaborativo permite que as pessoas se conheçam mais, emprestem coisas entre si, troquem objetos, compartilhem opiniões, criem colaborativamente e conjuntamente. O negócio é baseado na redução do consumo, no melhor aproveitamento de matérias primas, através do reuso e da reciclagem. É uma espécie de retorno ao passado, onde todos da vizinhança se conheciam e a vida era mais simpática”, explica Gui Brammer, um dos idealizadores do site DescolaAi.com.
Como as empresas estão aplicando este conceito
Segundo Camila Haddad, especialista em consumo colaborativo e co-criadora da plataforma Cinese.me (plataforma de crowdlearning, que tem o objetivo de conectar pessoas que querem ensinar e aprender), novas empresas estão surgindo usando a conexão peer-to-peer e a colaboração como base de seus negócios. E isso vai desde o compartilhamento de carros (Zazcar) e bicicletas (Bike Sampa), até financiamento coletivo de projetos (Catarse, Benfeitoria), passando por mercados secundários de roupas (Desapegue), livros (Skoob) e até móveis (Enjoei).
“Grandes empresas já estabelecidas podem ter dificuldades em lidar com esse movimento se não estiverem dispostas a se questionar de forma profunda e repensar