Consumismo
É notável a rapidez com que as coisas acontecem no mundo ultimamente. As coisas estão acontecendo mais rapidamente em todos os sentidos. Na comunicação, no transporte, na produção de alimentos, na produção de equipamentos e tecnologias, enfim, todo se move com uma velocidade assustadora nestes últimos tempos.
Se, de um lado esse desenvolvimento todo é benéfico para a humanidade, de outro, o aspecto é ruim, e os resultados negativos vão também aparecendo com maior rapidez. A devastação da natureza, o aumento da poluição, a desertificação de áreas antes florestadas, tráfico e venda ilegal de animais silvestres e a exploração dos recursos naturais. Tudo isso causa um impacto descomunal no meio ambiente e a resposta da natureza é, inevitável, assustadora, e também muito mais rápida.
Uma geleira que demorou milhares de anos para se formar, em pouco tempo se derrete e se transforma em águas. Da mesma forma, uma floresta, de cuja fauna e flora depende a vida de seres vivos, os quais promovem o equilíbrio dos ecossistemas, dentro de pouco tempo pode ser varrida da face da terra, desencadeando uma série de imprevistos, sinistros e variações climáticas. Assim, muitos seres vivos que dependem delas para viver, sem proteção, e à mercê de seus predadores, entram em extinção em seu próprio habitat.
Não há como diminuir o acelerado ritmo do mundo atual. Uma notícia que antes demorava meses para circular uma cidade, agora, pode propagar-se pelo mundo inteiro em questão de segundos. Eis aqui uma indagação, que não se cala. Qual a vantagem desta correria toda? Uns correm para se dar bem, e ganhar dinheiro de forma rápida. Outros correm, em alta velocidade, para gastar dinheiro, impulsionados pela mídia que, insistentemente, promove o consumismo desenfreado e inconsequente, a fim de garantir seus lucros.
Aliás, essa é a palavra chave “consumismo”. Quanto mais se consome, mais se tem que produzir; e quanto mais se produz, mais se tem que tirar da natureza; e