Consumismo infantil
O consumo por parte das crianças tem aumentado muito nos últimos anos. Um dos principais questionamentos para tal fato é a mídia televisiva. Ela é capaz de desenvolver opiniões e criar conceitos, direcionando assim muitas crianças ao consumismo em excesso, influenciando e estimulando o comportamento de muitas delas. Portanto, a publicidade tem o papel de impulsionar as crianças a se inserirem no mundo dos adultos, multiplicando a ideia de criança sedutora, provocativa e consumista, remetendo a noção de uma criança adultizada, ou seja, que está à frente de seu tempo. A mídia televisiva procura massificar e desprezar os valores morais importantes no desenvolvimento social dos indivíduos. Certamente isto ocorre devido à sociedade consumista que vivemos atualmente, que prioriza o ter ao invés do ser.
De acordo com a diretora do Instituto Alana Isabella Henriques, a escola também é um fato a ser questionado. Ela é o segundo espaço de socialização da criança depois da família e deve ser valorizada como tal. “Na imensa maioria das vezes, as ações publicitárias que acontecem dentro do ambiente escolar são apresentadas como educacionais e, também por isso e por serem geralmente gratuitas, as próprias escolas e as famílias acham divertidas, não param para pensar no impacto que isso terá na formação das crianças”, explica.
Uma das pessoas mais respeitadas no Brasil nas discussões sobre sustentabilidade, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva falou à equipe do Alana sobre a importância de proteger a infância do verdadeiro bombardeio de apelos para o consumo. Segundo ela, governo, sociedade, meios de comunicação e empresas têm o dever compartilhado de garantir essa proteção. "As pessoas estão intoxicadas pelo consumo", comentou Marina sobre o materialismo, que ameaça o futuro das crianças. Ela ainda chamou a atenção para a necessidade urgente de investir na educação para o consumo.
As crianças influenciam também boa parte das decisões de compra