consumismo infantil
É tempo de presenteá-las. Aliás, nós adoramos isso. Nada melhor do que ver o sorriso de uma criança ao abrir um presente – principalmente quando é dado por nós. O Dia das Crianças faz a alegria de pais e filhos. Mas qual o limite na hora de realizar o desejo dos filhos? (Ou seria o seu próprio?).
Você já deve ter ouvido falar em Suri Cruise, a herdeira do casal de atores Tom Cruise e Katie Holmes. Ela é o ícone infantil fashion do momento – é sério. Suri tem apenas quatro anos e, num passeio ao Museu de Arte de Los Angeles, usava um modelito era um vestido de Ralph Lauren. Isso mesmo! O estilista não perdeu tempo: tratou de enviar um comunicado à imprensa, avisando que era o responsável pelo visual da pequenina. Achou um exagero? Pois é.
Cada vez mais os nossos pequeninos estão ditando as relações de consumo no mundo. Não é raro vermos menininhas maquiadas, com celular ou notebook, usando roupas de grife ou que frequentam salão de beleza e academia. Os meninos não ficam atrás. A metralhadora midiática dispara e acerta bem no alvo: crianças nunca estiveram tão bem informadas quanto aos lançamentos e tendências de brinquedos, roupas, tênis e afins. Mirar na garotada é importante porque, impactadas precocemente, as crianças tendem a ser, no futuro, mais fiéis às marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é imposto.
A responsabilidade da mídia
A TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil que, cada vez mais cedo, é chamado a participar do universo adulto. Mas encurtar a infância não é nada legal. "Esse é um período fundamental para a formação de hábitos e para o desenvolvimento psicológico, cognitivo e social. Até os dez ou 12 anos, a criança está se descobrindo, conhecendo o mundo. Pular essa etapa pode ser desastroso, pois meninas e meninos que deveriam brincar acabam tendo preocupações que estão ligadas à outra fase da vida", diz Lais Fontenelle, coordenadora de Educação e