Consumidores e Cidadãos, resumo da obra
Nesta obra, Canclini trabalha com a articulação entre cidadania, consumo, globalização e comunicação, repensando toda a discussão existente sobre globalização.
Com uma perspectiva analítico-teórica, baseando em pesquisas de campo, cenas urbanas e fenômenos de mídia em países da América Latina, o autor nos apresenta as influências de um multiculturalismo globalizado, como a quase transformação de países latinos e europeus em “subúrbios” de Hollywood ou Paris, por exemplo.
De início já fica claro que a America Latina desenvolve relações basicamente com dois pontos do globo: a Europa e os EUA. Essa relação vem desde a globalização, sendo que aprendemos a cidadania com os europeus e o consumo com os norte-americanos.
O aprendizado do consumo americano impulsiona a troca do comando de funções do Estado para as corporações privadas, de maneira que as sociedades passam a girar em torno de símbolos mais internacionais e menos nacionais.
Apesar disso, Canclini explica em seu livro que não é possível definir o que é consumidor e cidadão em uma sociedade, considerando apenas as influências recebidas pelo Brasil, por exemplo, dos Estados Unidos e da Europa, pois a compreensão destes dois termos se modifica “devido a mudanças econômicas e culturais, pelas quais as identidades se organizaram” (CANCLINI, 1999, p. 14).
O autor levanta alguns pontos que precisam ser revistos em relação ao consumo, para que possamos entender seu impacto na figura do cidadão, como por exemplo: a necessária reconceitualização do consumo, a ideia de que o consumo é sempre um ato e a própria mudança da cidadania para a esfera do consumo.
Canclini define o consumo como “conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e os usos dos produtos” e levanta uma importante questão no que tange a esfera sociocultural do consumo: ao consumirmos estamos ou não construindo uma nova forma de cidadania?
O autor continua explicando, que o consumo é o lugar