gorden dullen

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GORDEN CULLEN – PAISAGEM URBANA

Há uma série de vantagens a considerar na reunião de pessoas para formar uma cidade.
Os reduzidos meios de cada agregado familiar multiplicado por dezenas ou centenas de milhar permitem imediatamente a criação de equipamentos coletivos. Cidade é uma unidade geradora de um excedente de bem-estar e de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem viver em comunidade a viverem isoladas.
Uma construção isolada no meio do campo dá-nos a sensação de estarmos perante uma obra de arquitetura , mas um grupo de construções imediatamente sugere a possibilidade de se criar uma arte diferente.
A diferença de significado entre grandeza e monumentalidade dá-nos a medida desta correlação.
Existe, sem duvida alguma, uma arte do relacionamento, tal como existe uma arte arquitetônica. O seu objetivo é a reunião dos elementos que concorrem para a criação de um ambiente, desde o os edifícios aos anúncios e ao tráfego, passando pelas árvores, pela água, por toda natureza, e entretecendo esses elementos de maneira a despertarem a emoção ou interesse. Uma cidade é antes do mais uma ocorrência emocionante no meio-ambiente. Senão, atente-se na pesquisa e nos esforços dispendidos para a tornarem realidade: contingentes de demógrafos, sociólogos, engenheiros, peritos de tráfegos, etc., empenhados no concerto d e uma infinidade de fatores que possibilite a criação de uma organização funcional, viável e saudável. É um tremendo empreendimento humano!
Se ao cabo de todo esse esforço a cidade se apresenta monótona, incaracterística ou amorfa, ela não cumpre a sua missão. É um fracasso.
Quando olhamos para uma coisa vemos por acréscimo uma quantidade de outras coisas. Se olhamos para o relógio para ver as horas não podemos deixar de reparar no papel de parede, na talha de mogno da moldura, nas mosca que se passeia pelo vidro e nos ponteiros em ponta de florete. É um motivo que até Cézanne poderia ter aproveitado. Alias para além de sua utilidade,

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