Construção civil e sustentabilidade
Pedro Boson Gambogi[1]
Diogo Moreira[2]
Algumas pessoas acreditam que o fim do mundo realmente está próximo. Já outras nem se quer acreditam no aquecimento global. Algumas acreditam em Papai Noel, outras acreditam em Deus e que Ele vai nos livrar de todo o mal. Bom, nós sinceramente não temos tempo para nada disso.
O que se vê hoje é que o ser humano se multiplica, e com ele se multiplica o consumo. Precisamos cada vez mais de mais casas, mais carros, mais ruas, enfim, mais cidades. E deve-se lembrar que a matéria prima para tudo isso vem dos nossos recursos naturais. O que parece que estamos sempre esquecendo é que essa fonte é finita.
A ideia de desenvolvimento sustentável pode ser descrita como uma forma de desenvolvimento que se utiliza dos recursos naturais não apenas para beneficiar a geração aqui presente, mas também as gerações futuras. Essa ideia já deixou de ser empregada apenas por ambientalistas para se tornar um conceito importante nas diversas nações do globo. Podemos exemplificar isso com fatos como o CIB (International Council for Building Research and Documentation) ter colocado entre suas prioridades de pesquisa o desenvolvimento sustentável, ou pelo fato da European Construction Industry Federation possuir agenda específica para o tema (INDUSTRY & ENVIRONMENT, 1966). A Civil Engineering Research Foundation (CERF), dedicada a promover a modernização da construção civil nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa entre 1500 construtores, projetistas e pesquisadores de todo o mundo (BERNSTEIN, 1996) visando determinar quais as tendências consideradas fundamentais para o futuro do setor. Entre elas, a “questão ambiental” foi considerada a segunda mais importante.
A construção civil é a causa de vários impactos ambientais e qualquer sociedade minimamente preocupada deveria colocar o desenvolvimento sustentável na construção civil como prioridade. Em primeiro lugar, há um enorme peso da construção