construçao do eu na modernidade
A passagem da idade média ao renascimento.
No renascimento, como já é clássico dizer-se, nasce o humanismo moderno. De acordo com a tese de Luis Cláudio Figueiredo, seria neste período que passaria a se afirmar uma concepção de subjetividade privada, ai incluído a ideia de liberdade do homem e de sua posição como centro do mundo.
Dentre os problemas que derivariam disso, poderíamos enumerar: a imposição dos interesses pessoais sobre os coletivos, a insensibilidade ao que não diz respeito imediatamente, a solidão, a falta de um sentido para a vida.
Ainda assim, se dermos uma olhada na história dos costumes ou da filosofia, veremos que nem sempre foi assim. O “eu” nem sempre foi soberano.
Mas o humanismo, entendido como colocação do homem como medida de todas as coisas e centro do mundo, parece ter tomado a forma que tem hoje no Renascimento, surgindo de dentro da Idade Média.
A noção de justiça da Idade Média, por exemplo, é a da colocação de cada ser no lugar que lhe é próprio. Tampouco haveria lugar para a privacidade. Na medida em que a onipresença e a onisciência são atributos de Deus, nada poderia ser mantido em segredo e nunca estaríamos sozinhos: pecar em pensamento já é pecar.
Canto Gregoriano.
Ele é um canto em uníssono, ou seja, trata-se de um coral onde todos cantam rigorosamente a mesma coisa. Sua letra é, invariavelmente, um texto sagrado e já conhecido pelos ouvintes: trata-se de uma reafirmação do já sabido e da apresentação de um mundo sem novidades.
O humanismo no Renascimento.
Se o homem não nasce com seu destino predestinado, ele se deve formar, educar. Nasce a necessidade do “cuidado de si”.
Isso não quer dizer que o homem no Renascimento fosse ateu, mas, de certa forma, Deus parece ter se afastado para o céu, deixando o mundo a cargo dos homens. Na Idade Média é muito comum a representação plástica do mundo como uma esfera cujo centro é Deus.
Assim, a fé em Deus não foi abalada,