Construcao enxuta
A construção enxuta surgiu como uma adaptação da produção enxuta para a construção civil. Foi criada por Koskela (1992) e deu origem a sua tese de doutorado (Koskela, 2000). Trata de uma filosofia de produção que buscou exemplo na atividades práticas da indústria e foi transmitida para a academia. Atualmente é amplamente divulgada e aplicada nos canteiros de obras internacionais e nacionais. Na construção civil é confrontado com o modelo tradicional de produção para estoque.
A produção enxuta é a união do JIT (Just-In-Time) com o TQM (Controle da Qualidade Total). Este ultimo surgiu nos Estados Unidos da década de 80 do século passado.
Modelo tradicional versus modelo Koskela.
O primeiro é caracterizado por considerar apenas as atividades de conversão. As atividades de conversão são as atividades de transformação de matéria prima e produto semi-acabado em produto final. Em resumo, as atividades de conversão são apresentadas apenas pelo processamento, que é o que o cliente paga e vê na construção. Como exemplo práticos , encontramos nos orçamentos e nos planos de trabalho em canteiros de obras. Um exemplo é apresentado na figura 1.
O Modelo de Koskela (1992) trata do novo paradigma da produção, onde os processos são vistos como atividades de conversao e de fluxo. Como atividades de fluxo tem-se as de transporte, decisão, inspeção, movimentação, espera, armazenagem, retrabalho, por exemplo. Isto acontece porque o cliente acaba pagando não só pelo que é visto mais também por todo o processo, ou seja, pelos atrasos, rejeitos, produto, Mao-de-obra, entre outros. O objetivo de Koskela é colocar em evidencia as atividades de fluxo, para que estas possam ser controladas e reduzidas ao mínimo necessário. Na figura 2 observa-se o conjunto destas