Constitucionalismo social
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Caso Isabela e a ética do advogado. Por Dr. Ivan José Silva
30/04/2008
*Dr. Ivan José Silva
Dr. Ivan José Silva
Desde 29 de março o assunto que mais tem ocupado espaço nos noticiários da mídia nacional é o brutal assassinato da menina Isabela. Como um thriller de cinema, a cada dia novos fatos, pistas e informações surgem e fazem com que todos acompanhem passo a passo a investigação aguardando um desfecho.
O crime em si é bárbaro, cercado de requintes de crueldade e frieza, praticado contra uma criança indefesa, o que ainda mais mexe com a emoção das pessoas, que se sensibilizam com a situação como se fossem parentes ou amigos íntimos da família.
E por ser um crime de tamanha atrocidade e já com supostos culpados pelos atos de covardia que mataram a menina Isabela, o clamor por justiça, por uma punição exemplar e rápida é o grito de ordem que se ouve nas ruas.
Nesse momento começa a nascer o conflito entre o desejo da punição aos responsáveis e a forma e rapidez com que ela acontece. Todos assistem a um exemplar desempenho da polícia técnica na elaboração de laudos que ajudam a entender como possivelmente foi praticado o crime e, diante das conclusões divulgadas, o julgamento popular condenou o pai e a madrasta.
Em razão disso é natural que se questione e até mesmo haja repúdio aos advogados de defesa do casal; muitos acham ‘uma vergonha’ ou ‘um absurdo’ o profissional aceitar um caso assim, no qual seus clientes evidentemente são culpados de um crime bárbaro e covarde.
Outros acham que falta ética ao advogado que atua em uma situação dessas, defendendo possíveis ‘monstros’ que não merecem qualquer tipo de ajuda. Embora se entenda