Consolação da Filosofia 2ª Parte
Boécio por exemplo, confessa a seu interlocutor que apesar de ter possuído riquezas, sempre temeu perde-las. Primeiro ponto a ser destacado é o fato de que o dinheiro não consegue liberar o homem e alcançar a suficiência, mas pelo contrário, quanto maior a sua riqueza, na mesma proporção ele necessita ter seu dinheiro assegurado por outras pessoas, afinal os imorais sempre tendem a observar, saquear os mais poderosos. Desse modo, a situação se reverte, pois pensamos que com a riqueza tornaríamos independentes, e no entanto precisamos de alguém para assegura-la. Além de que existe o fato de muitos nos invejarem, e cultivarem amizades interessadas apenas no dinheiro do outro, e não em si pelo caráter, ou por admiração á o “amigo”.
Outro ponto marcante é a presença do consumismo, afinal esta imerso em nossa sociedade mesquinha, desde os primórdios o consumismo. Ao invés da sociedade se satisfazer com os bens que já possuí, passa a vida cogitando alcançar mais e mais, e acaba por nunca se dar por satisfeito apesar de já ter alcançado muitos bens.
Algumas pessoas acreditam que a felicidade também pode ser encontrada em cargos honorários e respeitados, pensando que através disso irão alcançar glória, serem respeitados, e conseqüentemente felizes. Todavia como o texto mesmo indica, “por acaso os cargos tem a força de infundir virtudes e expulsar vícios nas mentes de seus ocupantes?” Eu acredito que não, exemplo disso são os políticos que atuam na sociedade, sendo corrompidos pelo próprio poder. Muitas vezes os cargos aumentam a desonra dos indignos, prova disso é o estado precário que esta nossa câmara de deputados, conselho de ética, e os demais políticos corruptos que existem não só no Brasil, mas em todo mundo.