Consciência no projeto de arquitetura e urbanismo
Ana Carolina Delphino Rodrigues Introdução “Conforto térmico é um estado de espírito que reflete a satisfação com o ambiente térmico que envolve a pessoa. Se o balanço de todas as trocas de calor a que está submetido o corpo for nulo e a temperatura da pelo e suor estiverem dentro de certos limites, pode-se dizer que o homem sente conforto térmico.” (ASHRAE) Estar em conforto térmico com o ambiente é importante não só para a sensação prazerosa que é oferecida, mas também para seu desempenho no trabalho e à sua saúde. A condição de conforto é obtida mediante o efeito conjugado e simultâneo de um complexo conjunto de fatores objetivos, como os elementos do clima e a vestimenta, e outros de caráter subjetivo como aclimatação, forma e volume do corpo, cor, metabolismo etc. O efeito conjugado destes parâmetros, quando produz sensações térmicas agradáveis, é denominado zona de conforto e seu estudo é de suma importância para o condicionamento térmico natural das edificações ou Arquitetura Bioclimática (RORIZ, 1987). Como pudemos compreender, devemos conhecer as variáveis humanas, ambientais, climáticas, arquitetônicas e buscar as soluções de conforto térmico nos ambientes construídos, proporcionando a arquitetura bioclimática. Para isso, deve-se estudar cada uma das variáveis. O clima e as suas variações climáticas são influenciados pelos fatores climáticos globais e locais; o clima é divido em três escalas: macroclima, mesoclima e microclima. A respeito das variáveis ambientais, os valores de temperatura do ar, temperatura radiante, umidade relativa e velocidade do ar são o que podemos extrair do meio ambiente. Além destas variáveis ambientais, a atividade física, vestimenta, sexo, idade, raça, hábitos alimentares, peso, altura etc. podem exercer influência nas condições de conforto de cada pessoa e devem ser consideradas. Se tratando das variáveis arquitetônicas, encontra-se a forma, função, fechamentos e aberturas.