Conquistas das mulheres no mercado de trabalho
Sensíveis, delicadas e caseiras: características femininas que eram presentes no imaginário social; pois agora de dona de casa elas passam a incluir nas prioridades o estudo e o trabalho. A inserção no mercado de trabalho deve-se cada vez mais à necessidade de aumentar a renda familiar ou até mesmo suprir a subsistência. Observamos que hoje a mulher tem uma participação mais ativa e significativa, porém, ainda pouco expressiva mesmo com a participação na economia e salários melhores, elas ainda recebem 34% a menos que os homens. Segundo a ministra Luiza Bairros (chefe da Secretaria Especial de Políticas Promoção da Igualdade Racial – Seppir), além desta porcentagem de remuneração, dos cerca de 7 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, aproximadamente 6 milhões são mulheres e negras.
Assim, em seu relato, destacam-se as desigualdades intra-gêneros onde as mulheres negras continuam recebendo a metade do salário das trabalhadoras brancas, ressaltando que o Governo Federal trabalha com respostas gerais para vários setores, onde a Seppir é designada para elaborar ações integradas às mulheres negras, redirecionando-as em suas escolhas acadêmicas e profissionais.
Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e a ONG AMNB (Articulação de Mulheres Negras Brasileiras), os perfis social, racial e de gênero das quinhentas maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas revelam que apenas 1% conta com programas de capacitação profissional de negros e negras. E mais: apenas 1,8% dos cargos de diretoria das referidas empresas são ocupados por negros e 9% por mulheres.
Para seguir vencendo e quebrando esses paradigmas é necessário intensificar a luta pela garantia dos direitos fundamentais a todos os cidadãos e cidadãs. É necessário também o reconhecimento de todos e todas de que vivemos num país marcado historicamente por desigualdades