Conquista e colonização da américa
A conquista da América pelos espanhóis e portugueses iniciou-se no final do século XV, a princípio sem obedecer a uma planificação, mas com objetivos gerais definidos. A expansão marítima espanhola e portuguesa enquadra-se no processo de formação do capitalismo, caracterizado naquele momento pelas práticas mercantilistas. O Mercantilismo é entendido como um conjunto de práticas, adotadas pelo Estado absolutista na época moderna, com o objetivo de obter e preservar riqueza adotada pelos Estados Modernos. Os fatores que levaram à colonização das Américas estão ligados à profunda crise que abalou a Europa, a partir do século XIII. A falta de mercados, a grande fome, as epidemias e a super exploração pela nobreza feudal fizeram desaparecer grande quantidade de camponeses e, como conseqüência, houve o retraimento do comércio. A colonização passa a ser vista como uma promissora chance de recuperação de uma Europa em crise, política, econômica, social e religiosa. Este acontecimento está diretamente relacionada à expansão marítima e comercial levada a cabo pelos países ibéricos, Portugal e Espanha, e realizou-se com a perda de milhões de vidas e o extermínio completo de muitas civilizações indígenas simplesmente para que a balança comercial fosse favorável.
Quando da chegada ao Novo Mundo e sua conquista, os europeus definiam a si mesmos, antes de mais nada, como cristãos, e foi nessa qualidade que chegaram à América. Por isso, a ocupação da América foi concebida pelos ibéricos como um dever ou uma missão religiosa, cujo objetivo último era difundir a fé cristã e a promoção da cristianização dos índios na salvação de sua alma. É válido lembrar que o primeiro encontro entre o navegador e o indígena celebraria um misto de espanto, fascínio e terror, no que se deve tal fato, principalmente ao contraste cultural dos povos: a visão de superioridade cristã do europeu, de frente com um indivíduo não-cristão, e portanto, dado como ser