Conjuração Baiana
No final do século XVIII, países do mundo inteiro passavam por um intenso processo de transição política, motivados pelo ideal de liberdade, igualdade e fraternidade disseminado pela Revolução Francesa, que ocorreu em 1789.
Por mais que estourassem revoltas contra a colônia portuguesa no Brasil, muitas dessas organizações populares eram movidas por interesses particulares dos grandes donos de terra e da elite oposicionista. Na avalanche da Revolução Francesa, a Conjuração Baiana (ou Revolta dos Alfaiates) aconteceu em 1798 e tinha caráter emancipacionista: exigia, a qualquer custo, a independência do domínio português.
Quando Salvador deixou de ser a capital brasileira, acabou perdendo boa parte dos investimentos da Coroa e passou a ter papel secundário diante da nova capital, o Rio de Janeiro. A população baiana acabou sofrendo com a crise econômica do estado. A violência aumentava cada vez mais com o constante saqueamento de propriedades privadas e mercadorias.
A partir de então, as ideias radicais foram surgindo. Quem se destacou na propagação da revolta foi o médico Cipriano Barata. Ele organizou a população mais humilde, como escravos e pequenos camponeses, para difundir mensagens e panfletos incitando mais revoltosos para aderir à revolução.
Uniram-se ao levante de Barata mulato, escravos, negros livres, comerciantes, artesãos, religiosos, soldados, setores populares e, especialmente, muitos alfaiates.
No movimento, destacaram-se os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira, sob chefia militar do tenente Aguilar Pantoja, que contava com o apoio dos soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas Amorim Torres.
Percebendo o perigo de uma organização popular em grande escala, o rei de Portugal D. Fernando infiltrou homens de seu exército com os revoltosos e acabou surpreendendo-os. O rei conseguiu prender a maioria dos envolvidos e não hesitou em torturá-los.
Revoltosos mais pobres, como Faustino e