Conjuração Baiana
Tema: Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício) e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então Capitania da Bahia, Salvador, que era o mais importante centro urbano da colônia portuguesa. Com cerca de 60 mil habitantes, fora a capital da colônia até 1763, quando a administração foi transferida para o Rio de Janeiro.
Localizada em um ponto privilegiado do litoral, Salvador desenvolveu-se por longo tempo como entreposto comercial. A seu porto chegavam mercadorias da Europa, da África e da Ásia, e por ele eram exportados produtos da colônia, como açúcar, tabado e algodão.
Sua população era composta de muitas pessoas de origem africana, a maioria delas escravizada. A elite branca era formada por fazendeiros e grandes comerciantes, todos eles donos de muitos escravos. Além de escravizados, havia entre as camadas mais baixas da população muitos mestiços de cor parda e brancos pobres.
A partir de meados do século XVIII, as ideias iluministas de liberdade começaram a chegar ao conhecimento dos habitantes da Bahia. Da mesma forma que em Minas Gerais, elas eram trazidas principalmente por jovens da elite que haviam estudado na Europa.
Foi chamado de Revolta dos Alfaiates por causa da participação de pequenos comerciantes, soldados, alfaiates, artesãos, negros libertos, escravizados, mestiços e brancos pobres.
Em 1797, membros da elite fundaram a sociedade secreta Cavaleiros da Luz, que promovia reuniões nas quais se discutiam os ideias revolucionários fundidos na França. Eles queriam o fim da escravidão e a formação de uma república inspirada nos princípios franceses de igualdade, liberdade e fraternidade. Em meados de 1797, o governador da Bahia, Dom Fernando José de Portugal e Castro, foi informado, pelo coronel Lucena, de que havia reuniões