Conhecimento x Informaçao
CLEUSA MARIA ALVES DE MATOS
Há tempos, desde a Grécia antiga até nossos dias, assistimos à oscilação da ciência caracterizada por momentos de estabilização e de rupturas. Participamos dessas mudanças quando discorremos sobre questões do racionalismo versus empirismo versus construtivismo ou quando confrontamos ciência antiga com a ciência moderna. Esse movimento descontínuo nos aponta para diferentes maneiras de conhecer, elaborar e construir novos conceitos, segundo Kuhn (2000), novos paradigmas, e para Foucault (2002), novas epistemes, que exprimem significativas transformações que refletem nas diversas áreas tecnológicas, organizacionais, informacionais, culturais e sócio interacionais. A diversidade da caracterização e da interpretação desta nova ordem é proporcional a multiplicidades de abordagens científicas e filosóficas. Procuramos neste texto situar a Filosofia da Linguagem no âmbito da Filosofia e das demais áreas que se preocupam com as questões sobre a linguagem. Alguns filósofos pós-modernos, pós-estruturalistas, tais como, Jaques Derrida, Giles Deleuze, Lyotard e Jean Baudrillard começaram a se preocupar com os fenômenos sociais e humanos e desconstruíram o discurso filosófico sobre os valores ocidentais dos princípios e das concepções de Deus, Razão, Sujeito, Verdade, Ordem, Ciência, Ser. Para esses autores desconstruir o discurso não significa destruí-lo, nem mostrar como foi construído, mas refletir sobre o não-dito por trás do que foi dito, buscar o silenciado (reprimido) sob o que foi falado.
A Filosofia da Linguagem consiste num dos ramos da Filosofia que reflete sobre os problemas da linguagem, mas de modo distinto das questões que se ocupam os gramáticos, os psicólogos e os antropólogos. Alston (1972) apresenta um levantamento das várias questões que interferem para que esta se defina justificando que não há critérios nítidos para manter um princípio de unidade como na maioria dos