Conhecimento e Inovação
A maior parte das vezes falamos de inovação com um viés econômico, especialmente de empresas privadas ou mesmo de como as nações fomentam essas práticas para gerar riqueza, empregos e desenvolvimento. Da mesma forma, a grande maioria das práticas da gestão da inovação foi desenvolvida seguindo essa mesma lógica. Mas a inovação não precisa ou deve ser só com foco no resultado econômico. Percebendo essas oportunidades, algumas empresas têm estabelecido iniciativas para fomentar a inovação social no Brasil. A relevância assumida pelo conhecimento e pela inovação no mundo atual já foi responsável pela criação de uma categoria nova: “sociedade do conhecimento”. Tal como outras designações das mudanças culturais, sociais e econômicas deste início de século, o que se coloca por detrás desta ideia é o reconhecimento da importância que o conhecimento assumiu na sociedade contemporânea, como componente essencial do desenvolvimento humano e do desenvolvimento econômico e social. Na teoria do desenvolvimento econômico, alguns autores clássicos como Adam Smith e Karl Marx antes, e Josef A. Schumpeter mais tarde, destacaram a importância da tecnologia e do conhecimento para o desenvolvimento. É curioso observar que esse destaque foi feito a partir de marcos analíticos muito distintos e categorias diversas (divisão social do trabalho, produtividade, desenvolvimento das forças produtivas ou destruição criadora). Mais curioso ainda é ver que fato similar aconteceu com o que depois foi chamado Resíduo de Solow, já no contexto de visões da economia muito distinta da visão clássica, ou da crítica da economia política e seus herdeiros. Para elucidar porque a mesma quantidade de capital e de trabalho em diferentes nações leva a diferentes resultados em termos de desenvolvimento, Robert M. Solow concluiu que havia mais alguma coisa a ser considerada. Solow relacionou este Resíduo ao progresso técnico embora,