Conhecendo o egito
As relações entre o Brasil e o Egito têm sido corretas e cordiais no plano político. Ademais de interesses coincidentes em diversas questões internacionais, ambos os países têm, como traço comum, a propensão a exercer papel ativo no âmbito de suas respectivas regiões, tomando e favorecendo iniciativas de cooperação e de integração regionais. Brasil e Egito trocam, com freqüência, votos para seus candidatos nos foros multilaterais. O papel que vem desempenhando o Cairo em favor da paz no Oriente Médio é valorizado pelo Brasil.
Apesar dos diversos encontros de alto nível, sobretudo os mantidos pelos Chanceleres dos dois países à margem das reuniões da Assembléia-Geral da ONU, as visitas oficiais foram menos freqüentes no passado. Revestiu-se de grande importância a visita oficial realizada em dezembro de 2003 pelo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi a segunda vez que um mandatário brasileiro esteve no Cairo, desde a histórica passagem do Imperador D.Pedro II por aquela capital em 1876. Além disso, a visita do Presidente Lula foi a primeira de caráter oficial. Precedendo essa visita presidencial, o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, visitou o Egito em maio, quando foi recebido pelo Presidente Hosni Mubarak, a quem entregou mensagem do Chefe de Estado brasileiro.
A ida do Presidente Lula resgatou longo hiato e refletiu a relevância da parceria brasileiro-egípcia, que tende a adensar-se e desenvolver-se com base nos entendimentos havidos. Além da criação do Conselho Empresarial Brasil-Egito e dos dois acordos assinados na oportunidade (consultas políticas e isenção de vistos em passaportes diplomáticos, oficiais e de serviço), iniciou-se a negociação de vários outros atos bilaterais, especialmente no setor de cooperação técnica. Ainda como resultado da visita, o MERCOSUL apresentou ao Governo egípcio proposta de acordo de preferências tarifárias fixas, no intuito de incrementar os fluxos de comércio