Confrontos indigenas
A maior parte dos indígenas que percebem os conflitos afirma que estes envolvem terra (73%), sobretudo a invasão das terras indígenas (38%) pelos pecuaristas, fazendeiros, arrozeiros e garimpeiros (36%), somente 2% afirmam que os índios invadem terras alheias. Outros 30% falam em conflitos e disputa pela terra, sem necessariamente mencionar invasões, além de 7% que se remetem a conflitos envolvendo a questão da terra, mas dando destaque a política de demarcação.
Conflitos envolvendo morte, crimes e violência foram mencionados por 24% dos entrevistados, com 11% de menções a brigas e violência mais brandas e 10% envolvendo morte de indígenas. Referências contrárias de violência dos indígenas contra os brancos foram relatadas por uma parcela bem menor, com 3% remetendo a sequestros, fazendo os brancos como reféns ou bloqueios de estradas, ou ainda a invasão de sedes de órgãos públicos (1%).
Conflitos envolvendo o meio ambiente, sobretudo a exploração de recursos naturais como madeira, minérios e petróleo ou desmatamento foram apontadas por 4% dos entrevistados e o direito à manifestações e a reivindicações por infra-estrutura, por 3%, ambos. Os indígenas urbanos reconhece como maior pólo de conflito a Região Centro-Oeste (34%), com destaque para o Mato Grosso do Sul (22%), enquanto a maior parte da população brasileira em geral, acredita que os conflitos estão mais presentes na Região Norte 37%, sobretudo no Amazonas e Pará (12%, ambos os Estados). Na Região Centro-Oeste os conflitos são percebidos por apenas 16% da população nacional. Entre os indígenas, a Região Norte é mencionada como