Conforto térmico
Introdução
A introdução do gado leiteiro no Brasil se deu em três fases. A primeira fase foi a colonial, onde teve a entrada do gado vindo de Portugal para os engenhos, onde eram criados sem nenhuma função especializada (servia para leite, trabalho e carne). A segunda fase que é a fase antiga foi do fim do século XVIII até começo do século XIX, e teve a introdução de uma raça especializada, a Turina que é uma variedade menor da raça Holandesa. A terceira fase que é a contemporânea nos séculos XIX e XX foi onde teve a introdução das raças européias leiteiras melhoradas, entre as quais se sobressai a holandesa (DOMINGUES, 1969).
Grande parte do território brasileiro esta na região tropical onde à predominância de elevadas temperaturas, conseqüentes da alta incidência da radiação solar (AZEVEDO et al., 2005). Observa-se um problema da adaptação de raças leiteiras de origem européia ao clima nos trópicos, onde com sua alta produtividade sofrem com problemas fisiológicos e comportamentais, causados pelo estresse térmico e diminuindo sua produção (SILVA et AL., 2002).
Os mamíferos são homeotérmicos, ou seja, eles são capazes de manter uma temperatura corporal relativamente constante, o que é essencial para preservar as várias reações bioquímicas e os processos fisiológicos que envolvem o metabolismo normal. Quando a temperatura ambiente aumenta se inicia uma série de respostas termorreguladoras para regular a temperatura corporal. Tais respostas incluem alterações comportamentais como, redução na ingestão de alimento, diminuição da atividade, procura por sombra e locais ventilados e respiração ofegante (SHEARER, 2008).
Durante períodos de temperatura e umidade do ar ambiente particularmente alta, as atividades termorreguladoras podem não ser suficientes para manter a temperatura do corpo normal. Durante o período de pré-parto, isso resulta em bezerros com peso baixo ao nascimento e redução da produção de leite na lactação