Conforto ambiental
“Se o arquiteto substituir pelo menos parte dos caixilhos selados por janelas que se abram, o edifício terá a ventilação cruzada. À noite, essas janelas são abertas para dissipar o calor acumulado ao longo do dia e resfriar a estrutura, o que faz com que o ar-condicionado não seja necessário nas primeiras horas do dia seguinte”, defende Joana Gonçalves, do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da FAUUSP.
Obsolescência - Na avaliação de Samoel Vieira de Souza, vice-presidente de Tecnologia e Meio Ambiente da Abrava - Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, a maior parcela dos equipamentos de climatização instalados no país tem mais de dez anos de idade. De lá para cá, a tecnologia evoluiu, fazendo com que o consumo médio de uma central de água gelada caísse de 1,2 kW/TR (tonelada de refrigeração) em 1990 para 0,55 kW/TR em 2000. O antigo compressor a pistão (tipo alternativo) deu lugar a compressores rotativos e, junto com eles, outros componentes.
A diferença de consumo entre os antigos e os novos é tão significativa que deu origem a um documento técnico que visa incentivar o retrofit, elaborado, com base em dados da Abrava, pelo capítulo brasileiro da Smacna - Sheet Metal and Air Conditioning Contractor’s National Association, entidade técnico-científica para a difusão de tecnologias avançadas. Encaminhado à Câmara de Gestão de Energia, do governo federal, esse documento demonstra que, se todos os equipamentos de ar condicionado com tecnologia defasada fossem substituídos pelos de nova geração, o país poderia economizar cerca de 3.600 MWh, o equivalente a dez usinas termelétricas, relata Souza.
A correta especificação do sistema