Conformabilidade
Este item foi baseado em BRESCIANI, capítulo 7, Parte 2, DIETER, ítens 5.10 e 20.7, SEMIATIN e JONAS (1.984), DIETER (1.984) e DIETER (1.988).
7.1 Introdução
O conceito de conformabilidade plástica está intimamente relacionado à capacidade de promover-se a modificação da forma de um material metálico sem acarretar defeitos que inviabilizem seu uso. Assim, geralmente, associa-se o termo conformabilidade a condições limites de deformação nas quais o material mantém-se íntegro. Essa idéia pode ser estendida de forma que se analise também a integridade das ferramentas e equipamentos empregados no processo, caracterizando o que se denomina de capacidade do processo como um todo. Como exemplo, a figura 7.1 apresenta os possíveis defeitos que podem surgir em matrizes de forjamento a quente, relacionados às causas devidas ao processo. Nesse estudo, a abordagem será centralizada no comportamento dos materiais metálicos quando deformados plasticamente, analisando-se efeitos como instabilidade plástica e localização de escoamento e descrevendo os diversos ensaios empregados para quantificá-los. A análise dos fatores de influência sobre a conformabilidade tais como o tipo de processo empregado (relacionado com o estado de tensão presente), a temperatura, o grau e a taxa de deformação utilizados, será feita relacionando-se esses fatores com os resultados obtidos a partir de ensaios convencionais (tração, compressão, torção) e de ensaios de fabricação (estiramento, embutimento).
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Figura 7.1 - Defeitos presentes em matrizes de forjamento a quente.
Os diversos estudos realizados a respeito demonstraram que a maior influência refere-se à temperatura de trabalho, pois como já analisado nos tópicos de recozimento, a maior plasticidade ocorre para temperaturas em que os processos de amolecimento dinâmicos estão presentes. A figura 7.2 apresenta a influência da temperatura sobre a