conflitos
O problema fundamental é que a região é habitada por uma etnia predominante, a coreana, e que historicamente formava um único país, uma única entidade, com uma única cultura, língua e costumes e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após livrar-se da vergonhosa dominação japonesa, passou a encarar o drama da divisão, pura e exclusivamente ideológica, cuja pior consequência é separar inúmeras famílias e colocar coreanos contra coreanos.
Assim, após a saída dos japoneses, estabeleceu-se o paralelo 38 como marco da divisão entre as esferas de influência (um eufemismo para ocupação) soviética e americana, assim como aconteceu com a Alemanha e o Vietnã. Dela nasceu os atuais estados soberanos da Coreia do Sul, capitalista, e do Norte, de regime socialista. Ocorreram diálogos em torno da unificação do país, mas a tensão ao redor do marco divisório foi crescendo com o tempo, o que desembocou finalmente num conflito, a chamada Guerra da Coreia, quando forças norte-coreanas resolveram invadir a metade sul, em junho de 1950. A Guerra da Coreia, de 1950 a 1953, seria o primeiro conflito armado da era da Guerra Fria, e deixaria as principais cidades coreanas todas arrasadas, fazendo com que as duas Coreias figurassem entre as mais pobres nações do mundo à época.
Tecnicamente, nunca foi celebrada a paz entre os dois lados, e desde 1953, ambos os países encontram-se em “estado de beligerância”, ou seja, qualquer tipo de relações ou intercâmbio estão paralisadas. Os encontros entre os líderes coreanos do sul e do norte, que muitas vezes são apresentados em jornal e televisão