Conflitos sociais na amazonia
Soberania nacional, meio-ambiente, direitos indígenas e outras questões criaram um palco de discussões polêmicas que não têm previsão de serem resolvidas de imediato ou tão facilmente. As condições favoráveis da região, enquanto área estratégica para controle geopolítico e depositária de uma biodiversidade e sociodiversidade inestimáveis, provocaram, ou pelo menos contribuíram significativamente, para o deslocamento de capitais para a região. Os modelos de desenvolvimento adotados na região, embora tenham variado desde o processo de colonização, geraram impactos danosos às populações tradicionais da Amazônia, criando sérias dificuldades para a continuidade de seus modelos históricos de adaptação ao ambiente ecológico, priorizaram a ocupação da região, via programas desenvolvimentistas (Grandes Projetos), cujos interesses voltavam-se principalmente para o controle geopolítico. Esses processos de ocupação e de desenvolvimento impostos, via ação política dentre outros, deixaram marcas deletérias sobre o espaço e os povos amazônicos, cujos impactos puderam ser notados nos ecossistemas regionais, nas formas de ocupação da região e na organização sociocultural das populações amazônicas.
Mobilidade social
Embora evidente, mas não tão comentada, a questão da mobilidade social e a ocupação de espaço nesta vasta região têm tido prioridade. Não se pode ignorar os vários estudos que já abordaram esta problemática, porém, é interessante frisar que as questões sociais na região conquistaram um maior enfoque, espaço esse normalmente reservado às temáticas de biodiversidade e meio ambiente.
A migração na Amazônia brasileira tem gerado ao longo do últimos anos forte tensão e também geraram um grande interesse da sociedade civil e do governo federal, sem mencionar os vários atores internacionais que debatem seu destino.Sabe-se que a migração na Amazônia, em si, não se refere a um fenômeno social recente. A presença de populações humanas na região, em