Conflito
Depois de anos vivendo sobre forte opressão, taxas altas de desemprego, e nenhuma voz políticas, vários países do Oriente Médio resolveram se revoltar. Se organizando através de redes sociais, os movimentos começaram a surgir e se espalharam por todo o oriente, contando com a participação majoritária de jovens, mas com mulheres e pessoas de todas as idades. Hoje, os países afetados são Marrocos, Argélia, Líbia, Iêmen, Bahrein e Jordânia, além da Tunísia, que iniciou o movimento, e o Egito. Na Síria e na Arábia Saudita houve uma pequena tentativa de manifestação, rapidamente reprimida. No Iraque, o povo saiu às ruas pedindo melhores serviços públicos, em colapso desde a invasão americana de 2003. No Irã (persa, não árabe), como em 2009 e 2010, houve passeatas contra o governo. Na Líbia os conflitos estão se ampliando, mas o cenário ainda não é claro.
Porém, apesar de ser um movimento em prol de melhores condições de vida, e todos possuírem objetivos em comum, ainda vemos diferenças entre eles. No Marrocos e na Jordânia, por exemplo, as manifestantes não visam à queda do governo. As demandas são por maior liberdade política. No caso marroquino, o rei é bastante respeitado pela população e as manifestações, por enquanto, foram pacífica, O que se pede são mudanças pontuais. O caso do Bahrein é mais complexo e envolve outros interesses, no caso, a religião. A população xiita, reclama do excesso de poder do rei e a discriminação, alguns setores mais exaltados já falam em pedir a renúncia do monarca, apesar da maioria por enquanto pedir apenas reformas.
No Iêmen o caso é mais grave. O país é o mais pobre do mundo árabe, conta com um choque entre o governo sunita e uma minoria xiita, apresenta bases terroristas e ainda um conflito separatista. Sem petróleo ou turismo, a economia do país está estagnada. Sua posição, na saída do Mar Vermelho, também é estratégica. O presidente Saleh enfrenta forte oposição de grupos que exigem sua