Conflito nas empresas
As Novas Ameaças: a Proliferação de Armas de Destruição Maciça
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nucleares, também as armas químicas e biológicas e estende-se aos sistemas capazes de as transportar a grandes distâncias: os mísseis de cruzeiro e os mísseis balísticos. Porém, quando se diz que, de entre as ameaças militares que o mundo enfrenta hoje, poucas são de maior importância do que a da proliferação de armas de destruição maciça é numa acepção restrita da expressão (apenas armas nucleares) que, normalmente, se está a pensar. É, também, neste mesmo âmbito que este trabalho foi feito. Pode ser prático referir todos estes tipos de armas sob uma mesma designação, mas o critério, em qualquer caso, é controverso, tal é a disparidade de efeitos que as armas nucleares e as outras podem provocar e as diferenças de quadro legal em que são consideradas. As químicas e as biológicas estão proibidas por tratados internacionais; as nucleares estão permitidas, pelo menos temporariamente, em cinco países – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França –, estão tacitamente aceites em mais três – Israel, Índia e Paquistão – mas expressamente proibidas em todos os outros, nos termos do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, presentemente assinado por 188 países. No que respeita a mísseis, apesar de várias iniciativas de implementação de medidas de controlo internacional, continua a não haver qualquer norma, universalmente aceite, sobre o seu desenvolvimento, testes, produção, aquisição e transferências. O termo “novas ameaças”, por poder sugerir a ideia de que não existiam no passado, também merece algum esclarecimento, pois qualquer delas existe há várias décadas: as químicas desde a I Grande Guerra (1914/1918); a nuclear, quase desde o advento da energia nuclear, e, em especial, desde o emprego da primeira arma atómica, em 1945, em Hiroshima e Nagasáqui. O que é novo são as circunstâncias
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O Vice-Almirante Alexandre Reis Rodrigues, na situação de Reforma,