Conflito na Síria
Como começou:
As manifestações contra o governo começaram na cidade de Deraa, no sul da Síria, em março de 2011, quando um grupo de pessoas se uniu para pedir a libertação de 14 estudantes de uma escola local.
Os alunos haviam sido presos e supostamente torturados por terem escrito no mural do colégio o conhecido slogan dos levantes revolucionários na Tunísia e no Egito: "As pessoas querem a queda do regime".
O protesto reivindicava maior liberdade e democracia na Síria, mas não a renúncia do presidente Bashar al-Assad.
A manifestação, pacífica, foi brutalmente interrompida pelas forças do governo, que abriram fogo contra os opositores, matando quatro pessoas.
No dia seguinte, em meio ao funeral das vítimas, o governo sírio fez uma nova investida contra os moradores de Deraa, causando a morte de mais uma pessoa.
A reação desproporcional do governo acabou por impulsionar o protesto para além das fronteiras de Deraa.
Cidades como Baniyas, Homs e Hama, além dos subúrbios de Damasco, juntaram-se a partir desse episódio aos protestos contra o regime.
Estragos provocados pelo conflito:
Segundo a ONU, mais de 9 mil pessoas foram mortas por forças de segurança e, pelo menos, outras 14 mil foram presas.
Já o governo estima o número de mortos em cerca de 4 mil - aproximadamente 2,5 civis e o restante integrantes das forças de segurança.- aproximadamente 2,5 civis e o restante integrantes das forças de segurança
Muitos hospitais estão sem remédios essenciais como insulina e antibióticos. Também acabaram os estoques do Ministério da Saúde para tratamentos de queimados e feridos em unidades de terapia intensiva. O hospital de Aleppo, por exemplo, reportou no meio de abril ter atendido 3,5 mil pacientes com ferimentos de guerra sem que houvesse banco de sangue e, muitas vezes, realizou operações sem anestesia ou fios de sutura.
A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estão trabalhando em campanhas de prevenção e fornecimento