Conflito entre as Coreias
VISÃO GERAL DO CONFLITO ENTRE AS COREIAS
Origem do conflito
Historicamente, o território coreano já foi disputado por chineses, mongóis, japoneses e russos. No início do século XX, devido ao expansionismo imperialista japonês, foi transformado em colônia até 1945. Com a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, o território coreano foi dividido em duas áreas de ocupação: os Estados Unidos ficaram com o sul da península Coreana, enquanto a União Soviética ficou com o Norte. Fracassadas as negociações para reunificar o país, em l948 constituíram-se dois estados autônomos: a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) e a República da Coreia (Coreia do Sul). A Guerra da Coreia – reflexo da Guerra fria entre EUA e União Soviética
Em 1949, inspirados pela revolução comunista na China e incentivados pelos soviéticos, os norte-coreanos decidiram tentar unificar as Coreias por meio da força militar e declararam guerra ao Sul. Começava ali a Guerra da Coreia (1950-1953), que tinha do lado comunista o apoio das tropas soviéticas e chinesas e, do lado capitalista, a retaguarda de militares americanos. De fato, esta guerra foi o primeiro conflito armado durante o período da Guerra Fria entre EUA e União Soviética e levou americanos e soviéticos a, indiretamente, medirem forças por meio de terceiros (os coreanos), causando apreensão no mundo todo, pois houve um risco eminente de uma guerra nuclear.
Durante quase três anos, o povo coreano, uma das mais notáveis culturas da Ásia, foi envolvido em uma brutal guerra, violentíssima de ambos os lados, com mais de três milhões de mortos. O conflito armado direto foi “encerrado” em 1953 com a assinatura do Tratado de Pan-munjom, que estabelecia como limite entre os dois países, o paralelo 38N. No entanto, ainda que o tratado tenha levado a um cessar-fogo, um acordo oficial de paz nunca foi estabelecido, o que significa que as Coreias continuam em guerra.
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