Conectado
Está tudo na rede, na malha finíssima da rede, isso já tem até um nome dentro dos distúrbios psicológicos, a síndrome da NOMOFOBIA.
Você pode ler isso no site sobre Dependência de internet - Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Ou seja, medo de ficar sem o celular... Bom, e como o celular hoje faz de tudo um "super" pouco... estar sem ele é estar literalmente isolado do mundo e no mundo.
O mais interessante é ver por inúmeras vezes um fato bem corriqueiro que está por todos os lugares, se conseguir tirar os olhos dos tais aparelhinhos. Estamos sempre perto de que está longe, mas bem longe de quem está perto!
O que nos diz certa propaganda que serve para aproximar pessoas - e desta vez a propaganda não é enganosa - nós é que estamos invertendo os valores, pois, na verdade, estamos nos separando das pessoas que estão ao lado, para tentar contato com que não está.
E deste jeito continuamos ensimesmados, para dentro, - distantes, mas, sem dúvida - todos maravilhosamente conectados!
Quem está aqui, ao alcance do toque, do calor das emoções, da voz e, claro, da comunicação, da interação verbal e emocional - fica de fora.
Parece-me uma contradição, querer que saibam tudo sobre a minha pessoa, onde, quando, por que etc... Para isso, fico enviando mensagens, que dizem ao mundo que estou conectado, e quem está grudado, quem está na mesma casa, às vezes na mesma sala, poderá ficar sabendo, por exemplo, se gosto ou não do filme que está sendo exibido tudo pela conexão que está na rede para todos do planeta.
Não é magia pura, a cabeça do ser humano? Inventa coisas que aproximam os que estão longe, muito longe claro, mas quebrar as inibições de falar cara