Conduta no câncer avançado de mama
LUIZ HENRIQUE GEBRIM
Professor Livre-Docente e Chefe do Setor de Mastologia do Depto de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo.
GERALDO RODRIGUES DE LIMA
Professor Titular e Chefe da Disciplina de Oncologia do Depto de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo.
O termo “ localmente avançado” utilzado nas neoplasias malignas sólidas, traduz moléstica tardiamente diagnosticada, com alto grau de disseminação micrometastática ( regional e sistêmica) e, portanto, com remotas possibilidades de cura.
Para o câncer mamário, consideram-se localmente avançados os tumores de pacientes no estádio clínico III (TNM, UICC, 1988).
ESTADIAMENTO CLÍNICO DO CÂNCER LOCALMENTE AVANÇADO (TNM, UICC, 1988)
ESTÁDIO IIIA To, T1, T2, T3, N2 MO
T3 N1 , N2 MO
ESTÁDIO III B Qualquer T4 Qualquer N MO
No = Linfonodos axilares normais
N1 = Linfonodos axilares suspeitos
N2 = Linfonodos axilares fixos e/ou coalescentes
T1 = Tumor < 2 cm
T2 = Tumor >2 cm < 5 cm
T3 = Tumor > 5 cm
T4 = Tumor de qualquer tamanho com:
T4A = Fixação ao gradeado costal
T4B = Ulceração ou edema de pele
T4C = A + B
T4D = Carcinoma inflamatório
Mo = Ausência de metástases à distancia
Inclue-se nesse grupo, pacientes operáveis e inoperáveis. Apesar da subjetividade dos critérios de inoperabilidade de Haagensen e Stout, (1943), considerarem-se o edema de pele em mais de 30% da superfície mamária , nódulo subcutâneo e o carcinoma inflamatório. Não houve nos últimos anos, melhora na sobrevida dessas pacientes a despeito dos avanços nas terapias loco-regional e sistêmica. A abordagem sobre o tema é importante já que mais de 50% das