Condição da Classe Trabalhadora na Inglaterra

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

RIO DE JANEIRO
2008

SUMÁRIO

1 - Introdução
01
2 – As condições de vida da classe operária na cidade
06
3 – A Influência Irlandesa
08
4 – O ambiente da fábrica
10
5 - Ação Governamental e as suas Argumentações
12
6 – Peterloo
14
7 – A Educação da Classe Trabalhadora 17
8 - Conclusão 19
10 - Bíbliografia
20

1 - Introdução

“Me oponho a qualquer tentativa de incitar os pobres a invadir a propriedade dos ricos. Não é através da invasão de tais propriedades que a condição dos pobres será consertada e sim por leis igualitárias.” – Major Cartwright

A escolha da citação pode parecer um tanto inusitada para a introdução de um trabalho sobre os movimentos da classe operária inglesa do século XIX, no entanto tenho a sensação que apesar de todos os exemplos de formas radicais de revolta e revolução, a citação acima é uma das que melhor descreve os frutos dos movimentos operários ingleses.
“A era industrial foi, não uma era de catástrofes ou conflito de classes agudo e opressão, mas uma era, apesar de tudo, de melhoras.”1
É impossível tratar e entender como os acontecimentos do século XIX chegaram a tal dimensão, sem ao menos uma breve descrição dos eventos do século XVIII. O que levou uma sociedade medieval a todo o poderio que ela apresenta no século seguinte? A resposta de tal questão se encontra basicamente na agropecuária, principal atividade de quase qualquer nação medieval e base econômica de quase toda a população. Alguns dos primeiros sinais de mudança datam da publicação do livro “The new horse husbandry, or an essay on the principles of tillage an vegetation“ um estudo sobre a evolução da agropecuária e advogando vários novos conceitos, seu escritor Jethro Tull, também foi responsável pela introdução de uma das primeiras semeadoras mecânicas da Europa. Depois de Tull, houveram vários outros a melhorar a