Concretismo e Neoconcretismo
Concretismo e Neoconcretismo
Theo van Doesburg
Composição Aritmética, 1929-1930 óleo sobre tela 101 x 101 cm
Coleção privada
Ferreira Gullar (1999:212) no livro “etapas da arte contemporânea”, fala das dificuldades que se encontram para conceituar os movimentos artísticos, sobretudo os movimentos modernos como cubismo, futurismo, surrealismo etc. Segundo ele estes movimentos na maioria dos casos, aconteciam quando um grupo de jovens artistas elegia determinadas idéias básicas que funcionavam como hipótese para suas experiências poéticas, e que, com o tempo essas idéias poderiam ser reforçadas ou rejeitadas. Surge daí a dificuldade de encontrar uma resposta pronta e imediata, para perguntas como essa: o que é arte concreta?
Mesmo diante desta dificuldade Gullar (1999:212) busca na história uma resposta para esta pergunta, para ele a expressão arte concreta parece ter sido cunhada por Theo Van Doesburg em 1930, mas não com o propósito de iniciar um movimento estético. O objetivo era dar o que considerava ser o nome exato a uma arte que se tinha desprendido totalmente da imitação da natureza. Ainda para Gullar (1999:212) o nome arte concreta surge como uma tentativa de redefinição da pintura não-figurativa.
Tomás Maldonado
Sin título, 1945
Témpera s/ cartón pegada s/ esmalte s/ cartón 79 x 60 cm.
Colección privada, Buenos Aires O fim da segunda guerra mundial foi um acontecimento marcante para a arte concreta e a expansão internacional da arte abstrata diz Gullar (1999:215). O movimento concreto irradia-se de Ulm Alemanha para a América Latina, primeiro para Argentina e depois para o Brasil. O grupo argentino era formado por Tomás Maldonado, Alfredo Hlito, Iommi e Claudio Girola. A revista Nueva Vision divulgava a arte concreta na Argentina. No Brasil o movimento concreto se organizou em torno de dois grupos o Ruptura de São Paulo e o Frente que foram os pioneiros do neoconcretismo.
Para Gullar