Vanguarda poética brasileira

Vanguarda poética brasileira
Fizeram parte da vanguarda poética brasileira os poetas: José Paulo Paes, Cassiano Ricardo, Paulo Leminski, Ronaldo Azeredo, Ferreira Gullar, José Lino Grunewald, Mário Chamie, Wlademir Dias-Pino, entre outros. Diversos deles começaram no grupo concretista, do qual se desligaram para participar da formação de outros movimentos. Muitos migraram de um grupo para o outro em diferentes etapas.
Concretismo:
Concretismo recusava a poesia tradicional, defendendo um novo modelo de organização do texto poético, explorando as diversas possibilidades espaço-visuais e a palavra em seus vários níveis, produzindo aquilo que o Plano piloto para poesia concreta, publicado em 1958, chamou de verbivocovisual.
Com o poema concreto ocorreu o fenômeno da metacomunicação : coincidência e simultaneidade da comunicação verbal e não verbal, com a nota de que se tratava de uma comunicação de formas, de uma estrutura-conteúdo, não da usual comunicação de mensagens.
Grupo tendência:
O grupo Tendência gravitou em torno de revista de mesmo nome, publicada em Belo Horizonte entre os anos de 1957 e 1962. Sua proposta de poesia não fugia muito do Concretismo e deixava transparecer a influência exercida pela obra de Drummond e de João Cabral. Os principais colaboradores desse grupo foram os poetas Affonso Ávila, Affonso Romano de Sant’Anna, Emílio Moura, Fábio Lucas e Laís Correa de Araújo.
A marca do grupo, do ponto de vista temático, eram as considerações históricas e os problemas sociais. Quanto à estética, havia uma preferência pelos textos em versos e pelo uso da palavra publicada em livros.
Neoconcretismo:
O neoconcretismo negou tudo aquilo que, segundo os adeptos o movimento, era uma produção fortemente intelectual, racionalista, maquinal e cibernética. Ao mesmo tempo, procurou recuperar a subjetividade do eu-lírico, propondo uma concepção mais orgânica do objeto da arte.