Concepções sobre sociedade
Para este autor, a sociedade é um conjunto de regras e normas, padrões de conduta,
pensamentos e sentimentos que não existem apenas na consciência individual; os sentimentos não estão
no coração, mas sim na existência social: nas instituições, que são encarregadas de instituir nos
indivíduos tais valores e referências. Antes de nascermos já está tudo aí, seremos moldados por ela e,
quando morrermos, não irão para o túmulo conosco.
Para este autor todas essas regras, normas e instituições são estabelecidas por leis sociais, que
teriam as mesmas características das leis naturais, isto é, regem os fenômenos sociais
independentemente da vontade dos indivíduos. Sendo assim, as regras e padrões, valores e leis,
estariam sempre adequadas à manutenção da ordem e do bem comum.
Como podemos perceber, Durkheim concebe a sociedade como um “todo harmônico” (onde
existe um bem comum) tal qual um organismo, ele chega a dizer que da mesma maneira que, num
corpo vivo, certos órgãos ou tecidos recebem maior irrigação sanguínea por desempenharem funções
vitais, na sociedade, certas classes que exercem ocupações fundamentais devem necessariamente ser
privilegiadas. Assim se explicaria inclusive a concentração de poder e riquezas nas mãos da burguesia
industrial, classe à qual o autor não por acaso estava ligado.
Max Weber (1864-1920)
Ao contrário de Durkheim, Weber não enxerga a sociedade como um ente para além e acima do
indivíduo; os padrões, as convenções, regras, etc. são constituídos e se transformam nas relações
sociais estabelecidas entre indivíduos. Portanto têm a ver com as motivações dos mesmos e com o
sentido que atribuem às suas ações em relação ao outro com quem interagem. A sociedade é tecida nas
relações sociais.
Na visão do autor: “As idéias coletivas, como o Estado, o mercado econômico, as religiões, só
existem porque muitos indivíduos orientam reciprocamente suas ações