Concepções Sobre Avaliação Escolar
A avaliação, formalmente organizada e sistematizada, realiza-se segundo objetivos escolares implícitos ou explícitos, que por sua vez refletem valores e normas sociais que segundo Vilas Boas, não ocorre apenas em momentos isolado do trabalho pedagógico, mas o inicia, permeia todo o processo e o conclui.
Este artigo discorre sobre quatro principais categorias entre concepções pedagógicas e os significados de avaliação no contexto escolar.
1. Concepção tradicional da avaliação
No século XIX o estudo era concebido como forma de ascensão social e estava voltado para o controle dos processos de certificação. Nesta concepção o ensino tinha caráter verbalista, extremamente autoritário, inibidor da ação ativa por parte do aluno, não permitia o desenvolvimento da iniciativa ou espontaneidade na realização de qualquer criação dele. O ensino era centrado no professor que apresentava os conteúdos totalmente desvinculados da realidade, não havendo nenhuma articulação com o contexto social ou com o momento histórico que estava sendo vivenciado.
A avaliação, nesta concepção, tem a função de exame, pois valoriza os aspectos cognitivos com ênfase na memorização; a verificação dos resultados se dá através de provas orais ou escritas nas quais o aluno deve reproduzir exatamente aquilo que lhe foi ensinado. A tradição dos exames escolares que conhecemos hoje, em nossas escolas, foi sistematizada nos séculos XV e XVII, com as configurações da atividade pedagógica produzida pelos padres Jesuítas (Séc. XVI) e pelo Bispo John Amós Comênio (fim do Séc. XVI e primeira metade do séc. XVIII) (Luckesi, 2003).
2. Concepção Tecnicista e a avaliação
A concepção tecnicista teve início no século XX, nos Estados Unidos, com estudos do teórico Thorndike sobre os testes educacionais, com influência da Psicologia. Os testes psicológicos de inteligência têm a função de mensurar os comportamentos e a aprendizagem pode ser então quantificada. Segundo