Concepções liberais da pedagogia
A escola tradicional nasceu em um mundo ainda de certa forma estável, no qual a educação se fazia com base em modelos ideais. Voltada para o passado, essa escola tinha em vista transmitir a maior quantidade possível do conhecimento acumulado, valorizando, portanto, um ensino predominantemente intelectualista e livresco. À medida que a sociedade se industrializava, tornando mais complexa à vida urbana, a educação exigia reformas radicais que se expressaram em diversas teorias pedagógicas e inúmeras experiências escolares efetivas. Dentre estas, vamos destacar a Escola Nova, pelo impacto que causou, pelas esperanças desencadeadas e, posteriormente, pelas críticas que, se não anularam muitos de seus méritos, puderam, no entanto, iluminar novos caminhos.
Escolhemos também destacar a tendência tecnicista, pelo fato de sua implantação no Brasil no período da ditadura militar ter sido perniciosa para o ensino brasileiro, desviando de seu rumo (pela força) projetos realmente democráticos que teriam dado melhores frutos. 1. O Legado da Escola Tradicional.
O legado da escola tradicional é difícil delimitar um conceito tão extenso quanto o de escola tradicional. Essas denominações articulam-se as mais diversas tendências no decorrer de pelo menos quatro ou cinco séculos, no período em que a escola tradicional sofreu inúmeras críticas e transformação.
Uma análise que nos levaria a posições simplistas no qual descreveria a didática dos jesuítas que absorvia a disponibilidade de tempo da criança e cuidava para que ela não sucumbisse aos vícios, à conduta e uma aprendizagem baseada na memorização. Sempre houve críticas á pedagogia tradicional burguesa, pois, a relação entre professores e aluno, a educação tradicional é magistrocêntrica centrada no professor e na transmissão dos conhecimentos. O mestre detém o saber e a autoridade, dirige o processo de aprendizagem e se apresenta, ainda, como modelo a ser seguido.
Nos casos extremo a