Concepções de Leitura

UNEB- Licenciatura em Letras Vernáculas
Disciplina: Leitura e Produção de Texto- Docente: Cleide Alecrim
Discente: Denise Bitencourt e Renata Duarte- 2013.2

Concepções de Leitura

Muitos são os trabalhos encontrados hoje que fazem referência ou tratam diretamente de interação. Etimologicamente, [Inter]+ [ação] é a influência ou ação mútua entre as coisas /seres. Uma ação conjunta que coloca em cena dois ou mais indivíduos, sob certas circunstâncias, pois o ser humano é um ser social, que vive constantemente em contato com outros seres, não é uma ilha pra viver isolado, mas é um sujeito essencialmente histórico e social na medida em que se constrói em sociedade, e com isto adquire não só a habilidade, mas a necessidade de interagir com outros. Koch (2003: 15) cita Brandão (2011: 12) que retoma as colocações de Baktin: “[...] Eu sou na medida em que interajo com o outro. É o outro que dá a medida do que sou. A identidade se constrói nessa relação dinâmica com alteridade”. Seguindo esta linha de pensamento, ler também é interagir, pois, “o texto encena e dramatiza essa relação. Nele, o sujeito divide seu espaço com outro porque nenhum discurso provém de um sujeito adâmico que, num gesto inaugural, emerge a cada vez que fala/escreve como fonte única do seu dizer” (idem, p.15). Todavia, esta concepção de leitura como momento de interação entre autor-texto-leitor, tem recebido pouca atenção, portanto há a necessidade de esmiuçá-la e aumentar as pesquisas e discussões sobre sua importância para o ensino de leitura.
Conforme Koch (2008:213) muito se fala sobre a importância da leitura em nossa vida, sobre a necessidade de cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens e sobre o papel da escola na formação de leitores. Contudo, falar sobre leitura significa se deparar com as frustrações decorrentes do desenvolvimento precário dessa atividade considerada imprescindível. No bojo dessas discussões, é interessante ressaltar que o problema do ensino da leitura na