Concepção iluminista da razão
No texto base deste trabalho “O que é o Iluminismo?”, Kant revela a ideia iluminista da existência de possibilidade de o homem seguir por sua própria razão, sem deixar enganar pelas crenças religiosas, tradições e opiniões alheias. Ilustração aí seria "a saída do homem de sua menoridade", ou seja, um momento em que o ser humano se torna consciente da força e inteligência para fundamentar a sua própria maneira de agir, sem a doutrina ou tutela de outrem.
Sapere aude! Sirva-se do seu próprio pensamento! É assim, com a coragem de vencer o medo, a preguiça e a covardia, gerados pela difusão de preconceitos que servem de rédeas para a grande maioria, que o homem consegue sair de uma situação de menoridade em que ele próprio se coloca.
É difícil para o Iluminista pregar uma liberdade racional, num contexto em que por todos os lados a população tem sua liberdade cerceada e é direcionada a não raciocinar, por isso poucos são os que pensam por si. E hoje? Será que no contexto atual seria mais fácil pregar esse abandono à menoridade culpada? Ou já vivemos em uma época já esclarecida?
Vivemos num período de globalização em que as influências são muitas e com um poder manipulador cada vez maiores, a tarefa iluminista de atuar livremente nesse bombardeio de opiniões torna-se árdua. Se por um lado conquista-se a cada dia maior liberdade de pensar, por outro esse processo de globalização busca limitar essa liberdade, com a imposição de padrões.
2. O CONCEITO DE MENORIDADE
O que é menoridade? Uma condição cronológica? Quais os critérios para saber se o individuo é ou não maior? O conceito é bem abrangente, mas aqui será delimitado á ideia Kantiana, menoridade é então seria a incapacidade de se servir da razão, do entendimento sem necessitar da tutela, ajuda de outras pessoas. Sair da menoridade é pensar com autonomia segundo a qual o homem coloca para si mesmo o que ele é e, portanto, o que deve fazer e conhecer para ser efetivamente tal como deve